O que é?
Transtorno de ansiedade é um estado de medo, preocupação ou pavor desproporcional à situação, causando prejuízos na qualidade de vida, saúde e bem-estar. É um transtorno psiquiátrico comum na infância. No Brasil, um estudo populacional encontrou índices de prevalência de 4,6% em crianças e 5,8% entre os adolescentes.
O principal fator de risco para um transtorno ansioso de início na infância é ter pais com algum transtorno de ansiedade ou depressão, exceto pelos casos de estresse pós-traumático.
A ansiedade patológica leva o paciente ao desenvolvimento de estratégias compensatórias para evitar o contato com aquilo que lhe causa temor. Além do consequente prejuízo funcional imediato, implicações de médio e longo prazo possíveis são a diminuição de autoestima e o desinteresse pela vida.
Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores. Por isso devemos ter atenção aos sinais de sofrimento emocional.
Quais são os sinais?
Atenção para jovens que apresentam estado de vigilância constante, medos intensos e desproporcionais, fobias de situações ou coisas específicas (animais, tempestades), sensibilidade exacerbada a estímulos de reprovação e autocrítica exagerada. O transtorno ocorre quando há prejuízo na qualidade de vida, conforto emocional ou desempenho diário da criança ou adolescente.
Como o jovem pode manifestar que está sofrendo com a ansiedade?
- alterações no apetite;
- dificuldade para dormir;
- queda no rendimento escolar, dificuldade de concentração;
- falta de motivação;
- dores de cabeça;
- dores abdominais;
- isolamento social;
- sensação de agústia e medo frequentes;
- preocupação excessiva com eventos futuros;
- dificuldade em separa-se dos pais, sair de casa;
- irritabilidade ou apatia.
Como é realizado o tratamento?
A gravidade e intensidade dos sintomas é avaliada e um planejamento terapêutico será construído para cada caso. O tratamento medicamentoso com Inibidores da Receptação da Serotonina é seguro e tem boa resposta clínica.
É fundamental o manejo ambiental: Realização de psicoterapia, atividade física, apoio escolar, orientação parental. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz para ajudar a criança a desenvolver estratégias de enfrentamento.
Como os pais podem ajudar?
– Buscar avaliação médica e psicológica;
– Observar e validar os sentimentos da criança:
Demonstrar compreensão e acolhimento sem minimizar suas preocupações.
Incentivar o diálogo sobre emoções por meio de conversas, brincadeiras ou desenhos.
– Rotinas e horários regulares para sono, alimentação e lazer proporcionam previsibilidade e segurança.
– Avaliar os próprios padrões e dinâmicas da família. É muito comum que os pais também estejam passando por situações similares e que existam estressores no ambiente.